31 de dezembro de 9999 - 23h59

Ficha técnica

Ganga Bruta
Brasil, 1933
Humberto Mauro
Roteiro: Humberto Mauro, a partir de um argumento de Octavio Gabus Mendes Fotografia: Afrodísio de Castro, Paulo Morano
om: Bichar Jorge
Música: Radamés Gnattali
Elenco: Durval Bellini, Déa Selva, Lu Marival, Décio Murilo
Produção: Cinédia (RJ).

SINOPSE:
“O que faz o filme atraente e saboroso é a sua qualidade a um só tempo muito brasileira e pessoal. Se a heroína evoca o conceito do encanto feminino no cinema americano [...], e o herói, com seus impulsos, sua melancolia, seu código de honra, seus bigodes - um traço latino-americano em geral e brasileiro em particular, encarna indiscutivelmente a expressão nacional, o universo das personagens secundárias traduz, sublinhada e deformada por um obscuro pessimismo a realidade brasileira, que Mauro compartilha com muitos outros realizadores cinematográficos brasileiros, antigos e modernos. O povo brasileiro era e ainda é um povo brutal. Pode-se dizer que Mauro deliberadamente escolheu os seus colaboradores com base em critérios negativos. Há uma sequência de briga num bar que assume a forma penosa de um balé grotesco.
Ganga Bruta, tal como boa parte do cinema dramático brasileiro, vem impregnado de um clima de estagnação e decadência. O que não impede, porém, que no filme -como de resto de modo ainda mais claro em obras anteriores e posteriores do autor - se manifeste o lirismo que a vida no interior inspira a Humberto Mauro.” (LF: 366)

Ganga Bruta