French Cancan
11 de março de 2003 - 00h00 - Cinusp Paulo Emílio
12 de março de 2003 - 00h00 - Cinusp Paulo Emílio
13 de março de 2003 - 00h00 - Cinusp Paulo Emílio
14 de março de 2003 - 00h00 - Cinusp Paulo Emílio
Ficha técnica
French Cancan
França, 1955
Jean Renoir
105min.
Roteiro: Jean Renoir (a partir de uma idéia de André-Paul Antoine)
Elenco: Jean Gabin, Maria Félix, Françoise Arnoul, Jean- Roger Caussimon, Michel Piccoli, Max Dalban, Gaston Modot, Valentine Tessier, Edith Piaf, Patachou, e a voz de Cora Vaucaire.
SINOPSE:
Nini, uma atraente lavadeira, é recrutada pelo senhor Danglard, junto com outras garotas, para participar de sua companhia teatral. Danglard planeja abrir um novo cabaré, o Moulin Rouge, em Paris, com performances de cancan como principal atração.
Motivos para ver: a volta de Renoir à França depois de 15 anos de ausência, trabalhando sobretudo nos Estados Unidos. O aprendizado hollywoodiano imprime suas marcas neste filme em muitos sentidos espetacular. Seu ponto alto é a cena final, que retrata a primeira noite no Moulin Rouge. Também memorável o desempenho de Jean Gabin como o empresário de teatro Danglard.
"A grandeza desta ode aos prazeres físicos reside primeiro em seu prodigioso arcaísmo, um vigoroso, agressivo arcaismo. O pânico febril do cancan final faz mais do que maquiar os lapsos do filme. Nesta fúria de garotas e roupas íntimas
podemos ver o mais triunfante hino que o cinema jamais dedicou a sua própria alma: o movimento que, quebrando as regras, as recria". (Jacques Rivette)
"Bazin lembra que só objetivamente a pintura é uma arte puramente espacial, pois para o espectador ela é um universo a ser longamente contemplado e explorado, o tempo transformando-se então numa de suas dimensões virtuais. Em French Cancan processa-se fusão entre o tempo subjetivo da contemplação e a duração objetiva da metamorfose fílmica. 0 exemplo mais imediato que a fita nos fornece é a cena em que uma moça arruma a casa e vai à janela sacudir a poeira do pano de limpeza. Enquanto é vista de fora, no interior do quarto a tonalidade da imagem é uma penumbra ligeiramente colorida, ao passo que o pano que agita por um instante à luz do dia é de um amarelo-vivo enquadrado no tempo por um colorido difuso e incerto, não tem importância dramática, e a emoção que nos transmite é puramente pictórica". (Paulo Emílio Salles Gomes)