Lola Montés
11 de março de 2003 - 00h00 - Cinusp Paulo Emílio
12 de março de 2003 - 00h00 - Cinusp Paulo Emílio
13 de março de 2003 - 00h00 - Cinusp Paulo Emílio
14 de março de 2003 - 00h00 - Cinusp Paulo Emílio
Ficha técnica
Lola Montés
França, Alemanha, 1955
Max Ophüls
92min.
Roteiro: Max Ophüls
Elenco: Martine Carol, Peter Ustinov, Anton Walbrook, Ivan Desny, Will Qualdfieg, Oscar Werner, Henri Guisol, Use Delamare, Helena Manson.
SINOPSE:
A femme fatale que o Mestre do Circo apresenta? Como separar verdade de ficção em sua história?
Uma velha cortesã, exibida num circo por um empresário brutal, rememora seu passado, a juventude, os amantes, e o tempo em que viveu na corte do rei da Baviera.
Motivos para ver: Um filme notável, considerado por muitos críticos como a obra-prima de Ophüls. A mise-en-scène á exuberante. Irriquieta, a câmera em movimento surpreende, com seus travellings frontais ou em círculos, perscrutando os personagens. "Para mim, a vida é movimento", declara Lola Montés, frase que poderia servir de lema a toda a obra de Ophüls, que proclama uma espécie de "estética da mobilidade". A construção dramática, que desorganiza a cronologia, faz O filme se mover continuamente entre presente e passado, espetáculo e memória. A personagem resta indevassada. O que realmente sabemos sobre Lola Montes?
"É difícil terminar a crítica elogiosa de um filme que nos embriagou tantas vezes. Concluirei sublinhando a beleza do último plano: Lola, na arena, oferece a mão a beijar através das barras de uma jaula de feras: a câmera recua em travelling, os espectadores do circo avançam embaixo da tela de maneira que nós, espectadores do cinema, nos misturamos a eles; pela primeira vez saímos do cinema pela tela. Assim, 0 filme inteiro se coloca sob a égide de Pirandello como, aliás, toda a obra de Max Ophüls. Lola Montês é uma caixa de chocolates de Natal. Levanta-se a tampa e sai um poema de 670 milhões" (François Truffaut).