CINEMA ESPANHOL


Conviver com o cinema feito na Espanha nos últimos três anos é, entre outras coisas, manter contacto com estilos e técnicas cinematográficas que colocam o espectador diante de obras em que, de um lado, se definem, do ponto de vista estético, diferentes tipos de expressão comprometidos com a moderninade, com o fazer filmes capazes de acompanhar as produções mais representativas da comunidade européia e, de outro, se equacionam temáticas relacionadas com aspectos particularizados da vida espanhola em nossos dias, mesmo que os assuntos abordados se reportem a períodos históricos afastados de nossa época. Mas, além dessas características, o que, no geral, os sete filmes selecionados para esta semana de cinema espanhol - Beltenebros, de Pilar Miré, Alas de Mariposa, de Juanma Bajo Ulloa, La Marrana, de José Luis Cuerda, Rosa Rosas, de Fernando Colomo, Demasiado Corazón, de Eduardo Campoy, La Reina Anônima, de Gonzalo Suárez e Havanera 1820, de Antoni Verdaguer - compartem é a preocupação com o equacionamentos de problemas fundamentais do universo feminino. Alguns dos diretores são conhecidos do público brasileiro, caso de Gonzalo Suárez e Pilar Miró. Os outros são desconhecidos em nosso contexto o que constitui para os amantes do cinema mais um motivo de atração, que alguns deles, citamos o: caso dá José Luis Cuerda, podem nos reservar atrativos surpreendentes.

Eduardo Peñuela Canizal.