O Filme do Crítico

O Velho e o Novo

30 de novembro de 1995 - 00h00 - Cinusp Paulo Emílio

Ficha técnica

O Velho e o Novo
Brasil, 1967
Maurício Gomes Leite
Rio de Janeiro, PB, 16mm, 30min.
Roteiro: Maurício Gomes Leite
Fotografia: José Carlos Avellar
Montagem: Geraldo Veloso e Maurício Gomes Leite
Assistência de direção: Wilson Cunha
Textos adicionais: Carlos Heitor Cony, Luiz Carlos de Oliveira e Macksen Luís
Leitura de textos de Carpeaux: Tite de Lemos
Letreiros: Sílvia Ferreira
Fotos fixas: Carlos Egberto e Agência Jornal do Brasil
Colaboração especial: Sérgio Augusto e Geraldo Mayrink
Participação: Lygia Sigaud
Depoimentos: Carlos Drummond de Andrade e Alceu Amoroso Lima
Coordenação de produção: Carlos Heitor Cony
Direção de produção: Geraldo Veloso
Companhia produtora: Tekla Filmes.

SINOPSE:
Documentário sobre o escritor e jornalista Otto Maria Carpeaux, que inclui depoimentos de Carlos Drummond de Andrade e Alceu Amoroso Lima, além de mostrar algumas das manifestações políticas e culturais que marcaram os primeiros anos da ditadura, como as manifestações estudantis e as filmagens de Terra em Transe.

Sobre Maurício Gomes Leite
Maurício Gomes Leite (1936-1993) nasceu em Belo Horizonte e a partir dos 18 anos começou a escrever críticas de cinema em diversos jornais mineiros: O Diário, Diário da Tarde, O Estado de Minas e Diário de Minas. Entre os anos de 1955 e 1964 colaborou na Revista de Cinema - fundada em 1954 por Jacques do Prado Brandão, Cyro Siqueira e Guy de Almeida - onde chegou a exercer a função de Redator-Chefe. Também atuou como presidente do Centro de Estudos Cinematográficos de Minas Gerais, na gestão de 1960.
Muda-se para o Rio de Janeiro no início da década de 60, trabalhando na Editoria Internacional do Correio da Manhã (1963-65) e do Jornal do Brasil (1965-66) e como redator da revista Manchete. Nesses mesmos veículos publicava suas críticas de cinema, analisando filmes do Cinema Novo e do Cinema Marginal, comentando a produção estrangeira - tudo isso sem jamais disfarçar seu entusiasmo inflamado pela obra de Jean-Luc Godard.
Em meados da década seguinte, vai morar em Paris, como funcionário da Unesco. É lá que morre aos 57 anos. Como cineasta, realizou dois filmes. O média-metragem O Velho e o Novo (1967) e o longa A Vida Provisória (1968) - ficção sobre jornalista (Paulo José) que corre perigo de vida ao ter em mãos um documento capaz de provar a ocorrência de atividades ilegais dentro do próprio governo.

O Velho e o Novo