Um Lençol de Algodão
Ficha técnica
Um Lençol de Algodão
Brasil, 1955
B. J. Duarte
São Paulo, primeira exibição em abril no Art Palácio, São Paulo.
Fotografia: B. J. Duarte
Narração: Paulo Machado de Campos
Assistente de direção: Gabriel Zellaui
Laboratório: Rex Film S/A
Produção: Moinho Santista, Indústrias Gerais S/A
SINOPSE:
"O lençol nasce de algodão. Há plantações, há colheitas, há problemas industriais que o governo do Brasil complicam e dificultam. Há fábricas que carecem da matéria-prima, há operários que carecem de meios de vida. Mas, em geral, entre o algodão e o lençol, no saber de um cidadão, a ligação é nula, quase que inexistente, sem importância. E quando se compra um lençol não se pensa, evidentemente, no algodão, do mesmo modo que debatendo o problema de algodão, ninguém pensa num lençol". ("Reflexão sobre um lençol", de Marcos Marguliès, em Anhembi, n.54, maio 1955, p.636)
Sobre B. J. Duarte
Benedito Junqueira Duarte (B. J. Duarte, 1910-1995) nasceu em Franca, vindo para São Paulo, onde cursou o primário. Embarcou para Paris em maio de 1921 para aprender o ofício da fotografia com o seu tio José Ferreira Guimarães (que tinha sido fotógrafo na corte de D. Pedro II). Após a morte do tio em 1924 até à sua volta para o Brasil em abril de 1929, estagiou nos estúdios de fotografia de M. Reutlinger, em Paris. Em São Paulo, inicia como fotógrafo no Diário Nacional, até 1933. Em meados dos anos 30 faz fotos para a revista S.Paulo. Em 1939 conclui o bacharelado da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. De 1935 a 1964 funcionário do Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo.
Crítico de cinema em O Estado de São Paulo (1946-1950) e nas Folhas (da Manhã, da Tarde e da Noite), de 1956 a 1965. Foi o coordenador da seção "Cinema de 30 dias", publicada nos 144 números da revista Anhembi (dezembro de 1950 a novembro de 1962). Publicou em 1982 a trilogia Crônicas da Memória: I: À Luz Fosca do Dia Nascente. II: Caçadores de Imagens: Nas Trilhas do Cinema Brasileiro. III: Lâmpada Cialítica: Namoros com a Medicina.
No cinema científico começou com o professor Edmundo Vasconcelos, na clínica cirúrgica do Hospital das Clínicas, na segunda metade dos anos 40. Na década de 50, junto com Estanislau Szankovski realizou mais de cem filmes para a Cinemateca Médico-Brasileira, organizada pelo Dr. Milton Siqueira, para o Laboratório Torres. Na década de 60, sempre com Szankovski, produziu para o Laboratório Cario Erba do Brasil, onde destaca-se Transplante Cardíaco Humano (1968), realizado com o professor E. J. Zerbini.
Na filmografia abreviada de B.J. Duarte, estão listados 227 filmes científicos, educativos e informativos, que lhe valeram, até 1979, mais de 50 prêmios internacionais e 15 nacionais.