20 de março de 1996 - 00h00 - Cinusp Paulo Emílio

Ficha técnica

Immer und Ewig
Alemanha/Suiça, 1991
Samir
Cor, 90min, 35mm (ampliado do 16mm e vídeo), vídeo.
Roteiro: Samir e Martin Wiltz
Fotografia: Samir e Rene Baumann
Edição: Ronnie Wahlie
Cenografia: Glanz & Gloria
Música: The Young Gods
Elenco: Oliver Broumis (Claude), Nicole Ansari (Dodo), Stefan Stutzer (Dani), Johanna Lier (Ursel), Heidi Zügler (Babs), Roland Wiesnekker (Alex).

SINOPSE:
Claude é um anarquista militante, vive numa caótica comunidade com seus amigos Babs, Dani, Alex e Ursel. Os cinco ganham a vida com roubos e fazem de vez em quando atentados incendiários a bancos, obras em construção e consórcios internacionais. Claude é surpreendido numa destas ações e morto por um policial, demasiado zeloso de seu dever. Dodo, uma jovem cabeleireira, que além de “novela água com açúcar” também lê Kafka, se encontra casualmente no lugar da ação. Ali também perde sua vida. Os dois, que enquanto vivos nunca chegaram a se conhecer, ao morrer chegam ao céu, onde se conhecem e apaixonam-se. Surpreendentemente lhes é permitido voltar à vida e regressar a terra para testar seu amor. Segundo uma lei celeste, nas primeiras doze horas depois de seu regresso não devem sentir nenhuma dúvida de seu amor. Do contrário terão que retomar imediatamente ao reino dos mortos.
Já em terra, Claude descobre que a polícia sabe do atentado que esta sendo arquitetado por seus amigos e agora encontra-se frente à decisão de impedir que o bando cometa o delito ou, como traidor, fugir com Dodo, que tem pouco interesse em política.
Immer und Ewig é uma composição com imagem e som surpreendentes realizada em vídeo e com técnica de computador. Se trata de uma adaptação moderna de Orfeo e Eurídice que se desenrola na sociedade urbana contemporânea.

Samir (Bagda, Iraque, 1955)
Desde 1961 reside na Suíça onde cursou a escola cinematográfica de Zurique. Outros trabalhos: Morlove (1986), Martin Disler (1987), Filou (1988), Aha (1989).
“Não posso esquivar-me das condições sociais. Estou disposto à confrontação política, inclusive com meus filmes. Na minha condição de esquerdista clássico considero-me mais libertário que em meus tempos de maoísta convencido”.
(Samir)

Sempre e Eterno