BORGES NO CINEMA


A programação do evento procurou ilustrar as várias aproximações que Borges e sua obra tiveram com o cinema. Há títulos que indicam seus gostos (Alphaville), adaptações de sua literatura (El Hombre de la Esquina Rosada, Dias de Odio, El Sur, El Evangelio Según Marcos, La Muerte y la Brújula, A Intrusa, A Estratégia da Aranha), documentários (Borges para Millones, Retrato de Borges em Alef, Conexão Internacional), criação original para o cinema (Invasión).
Na escolha dos títulos, pesou eventualmente a novidade sobre a reputação de determinado título. Se a avaliação de Borges sobre Cidadão Kane é perfeita, ela não nos obriga a programar o filme, de resto conhecido de todos. Igualmente interessantes são seus comentários sobre filmes que se tornaram anônimos (A Floresta Petrificada) ou monumentos (Alexandre Nevski). A existência de cópias desses filmes nas videolocadoras sugere ao programador a procura de raridades.

Carlos Augusto Calil.