FUTEBOL NO CINEMA


Às vésperas da 17ª Copa do Mundo e da nova possibilidade de sermos “penta”, o CINUSP presta a sua homenagem ao futebol brasileiro - uma maneira de relembrar as glórias e, ao mesmo tempo, delinear as atuais circunstâncias do (ainda) melhor futebol do mundo. Com o mesmo fim, organizamos uma mesa de debate com profissionais variados, reunidos para um bate papo futebolístico.
Na primeira semana tentamos traçar a história das Copas através de três documentários. O primeiro filme (A História de Todas as Copas) comenta as 12 primeiras, de 1930 a 1982, lembrando que não houve competição nos anos de 1942 e 1946, em função da II Grande Guerra. O segundo (Isto é Pelé) cobre a carreira do maior de todos os jogadores: Pelé, o atleta do século, único a conquistar três Copas do Mundo, além de dois títulos mundiais (e duas Libertadores da América) com o Santos. Em Todos os Corações do Mundo relembramos nossa última glória: a copa de 1994, nos EUA. Faltaram três Copas em nosso panorama histórico: a de 86, ainda com Telê Santana, praticamente uma reedição do brilhante time de 82, essa sim a melhor seleção que eu já vi jogar; a de 1990, com Lazaroni, a pior de todos os tempos; e a de 98, infelizmente ainda muito presente na nossa memória. Relembrando, as cinco primeiras seleções do ranking de todas as copas são o Brasil, com quatro títulos e dois vices, a Alemanha, com três títulos e três vices, a Itália, com três títulos e dois vices, a Argentina, com dois títulos e dois vices e o Uruguai, com dois títulos.
Na segunda semana, mostramos três documentários sobre três craques. O de Garrincha, grande filme de Joaquim Pedro de Andrade, é o primeiro sobre um esportista feito no Brasil; para completar, um sobre Tostão e outro sobre Pelé. Gostaríamos de detalhar mais a nossa galeria de craques, ao menos aqueles que, juntos com Garrincha, conquistaram dois títulos mundiais ( Didi, Vavá, Pepe, Newton Santos, Zito, Djalma Santos, Zagalo, Belini, Gilmar, Castilho, Zózimo e Mauro), sem contar aqueles que, como Tostão, conquistaram apenas um título (Rivelino, Gerson, Jairzinho, Carlos Alberto, Clodoaldo, Dadá Maravilha, Romário, Bebeto, Ronaldo...), e outros tantos craques que, por falta de sorte, nem chegaram a conquistar uma Copa do Mundo (Leônidas, Domingos da Guia, Ademir de Menezes, Zizinho, Zico, Sócrates, Falcão, Careca, Rivaldo, Roberto Carlos, entre tantos outros), mas a falta de produções nos limitaram a apenas esses três audiovisuais.
Na terceira semana mostramos os três programas recentes de João Moreira Salles (Futebol). Feitos com grande rigor técnico, eles traçam, juntos, um ótimo painel da situação atual do futebol brasileiro, costurado pelos depoimentos de craques mitológicos.
Reservamos ainda, para a última semana, quatro ficções que encenam fatos “reais” do imaginário futebolístico: o delicioso Boleiros, o premiado Uma História de Futebol, Cartão Vermelho e The Cup, o único estrangeiro da mostra.

Luis Augusto Massareli.