A atriz Isabelle Huppert é um dos nomes mais atuantes do cinema francês contemporâneo. Ela empresta seu rosto marcante e expressivo - verdadeiro emblema daquilo que seu conterrâneo já falecido, André Bazin, talvez definisse como "fotogenia" - a inúmeras obras dos mais variados estilos e diretores, atestando sua versatilidade. Desde a sua estréia nas telas em 1971, com Faustine et le Bel Été, Isabelle Huppert já trabalhou com alguns dos maiores diretores de cinema do mundo: Jean-Luc Godard, Paolo e Vittorio Taviani, Otto Premminger, Andrzej Wajda, entre outros. Sua maior parceria profissional, contudo, estabeleceu-se com o francês Claude Chabrol, que a dirigiu em seis filmes desde Violette Noziêre, em 1978, até A Teia de Chocolate, em 2000. Reconhecida em todo o mundo como uma das maiores atrizes de sua geração, Isabelle Huppert tem também em seu currículo algumas breves passagens por Hollywood, onde trabalhou com Michael Cimino, cujo Portal do Paraíso contava com a estrela francesa no elenco, e com Hal Hartley, talento do cinema independente americano que convidou a atriz para estrelar Amateur em 1994.
Em 1988, Um Assunto de Mulheres, também de Claude Chabrol, rendeu-lhe o prêmio de atriz no Festival de Veneza - que tornaria a ganhar em 1995, por La Cérémonie, mais uma vez dirigida por Chabrol.
Em fevereiro deste ano, ela esteve por aqui para uma curtíssima temporada da peça 4.48 Psychosis, da dramaturga inglesa Sarah Kane, repetindo, um século depois, o trajeto que trouxe ao Brasil Imperial a também francesa Sarah Bernhardt.
O Cinusp "Paulo Emílio" presta uma homenagem a esta atriz apresentando cinco dos principais filmes estrelados por ela nos últimos anos.

Júlio Maria Pessoa e Marcos Kurtinaitis.