Ficha técnica

Gatica, “El Mono”
Argentina, 1993
Leonardo Favio
Cor, 136min.
Produção: Choila Producciones Cinematográficas (Buenos Aires)
Roteiro: Zuhair Jorge Jury, Leonardo Favio
Fotografia: Alberto Basail
Música: Juan Wyszogrod
Montagem: Darío Tedesco
Elenco: Edgardo Nievas, Horacio Taicher, Virgínia Innocenti, Maria Eva Gatica, Cristina Child, Martin Andrade, Juan Costa, Armando Capó.

SINOPSE:
Ascensão e queda de José Maria Gatica, boxeador argentino polêmico e legendário.
Longo e díspar retorno de Favio, sem filmar há 17 anos, exaltado por um setor da crítica e tratado friamente por outro. Seus artifícios estão mais para Fellini que para o cinema biográfico-histórico. Cada cena plasticamente trabalhada, delicia-se sobretudo nas lutas (muito ao estilo Scorsese), se esquece do diálogo para reduzi-lo a frases precisas (“Boa Noite, bom proveito" ficará para a história como uma das mais comoventes do cinema argentino) e palavras comuns. A montagem deixa evidente as dificuldades e postergações que o filme sofreu durante a produção e pós produção. Alguns momentos bem resolvidos (as lutas com som de mambo, a transmissão radiofônica do combate Gatica-Williams, o velório) alcançam a emoção. Um filme com o mérito de ser popular num momento em que o cinema não o era precisamente.
“Chama a atenção que Gatica se pareça tanto, estilísticamente, ao que era o boxeador sobre o ringue: furibundo e sensível ao mesmo tempo, letal e vulnerável ao mesmo tempo, notável e vulgar ao mesmo tempo. (...) Favio chega ao final com o rosto arroxeado, sangrando mas de pé. Apesar dos erros de Gatica, "o Macaco", consegue transmitir a emoção que lhe produz sua criatura. O filme comove” (Marcelo Figueras, Clarín).

Gatica, “O Macaco”