15° FESTIVAL MIXBRASIL DE CINEMA E VÍDEO DA DIVERSIDADE SEXUAL


Felizes 15!
Perdas e vitórias. Passado e futuro. Sangue, suor, lágrimas e risadas na história de vida do Mix Brasil, Festival de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual que finalmente comemora em grande estilo seus 15 anos de trajetória. Superando dificuldades em um ano que começou com partidas e faltas essenciais para sua estrutura, o festival deu a volta por cima e engatou em um ritmo desenfreado de novos parceiros, aliados e conceitos ao longo dos meses que se seguiram. A temporada que mais exigiu batalhas, porém as coroou com glórias, resultou em um grande baile de debutante high tech, ultramoderno e polisexual, um Japão imaginado sob os efeitos transgressores dos saturados anos 70.
Trocando em miúdos, a 15a edição do Festival Mix Brasil é um reflexo natural da produção que exibe e das influências que atravessaram o caminho dos organizadores e todos que vivenciaram sua produção. As referências orientais, por exemplo, começam na escolha do filme de abertura, Dasepo Sonyeo, definido em fevereiro, e seguem por um programa curado pelo bravo herói da Indonésia, John Badalu, realizador da mostra de cinema de diversidade local, passando pela comunicação visual da edição, inspirada nos mangás e que antecipa a comemoração dos 100 anos da imigração japonesa por aqui.
Já os anos 70, brotaram das diversas inscrições de obras-primas que abordam, registram ou ocorrem na década. Desde o já cultuado e romântico francês Meus Tempos de Super 8 até o absurdo da (anti)revolução sexual, Viva, ou mesmo o histórico documentário sobre as gravações musicais da época, O Poderoso Chefão da Discoteca. Diversos trabalhos no Panorama Internacional, nos programas especiais e até na Mostra Competitiva Brasil, são quase uma volta natural a esses anos loucos e inovadores de nossa existência. A homenagem ao aclamado convidado de honra da festa, o grupo Dzi Croquettes, em uma programação mais que especial, ocorre após um encontro bem-sucedido entre obra audiovisual, importância para a identificação gay e a presença física e feliz de Ciro Barcelos, integrante da trupe, em uma sessão da 13a edição do Mix. Até no Mix Music, que desta vez contará com a musa Angela Ro Ro e com uma parceria aguardada e inusitada entre o popstar uruguaio Dani Umpi e a diva e madrinha fashion dos Dzi, Elke Maravilha, apoiam toda a onda setentista que invade a programação deste ano. Realizado, em grande parte, graças ao apoio essencial e de anos da Prefeitura da Cidade de São Paulo, ao nosso novo e querido parceiro, Caixa Econômica Federal, e ao co-patrocínio da Petrobras e da Vivo, o Mix Brasil convida todos a desfrutar seu grande bolo de aniversário, decorado com um futuro cheio de juventude, tecnologia, tradição, sexo, sentimentos, novidades, idéias revolucionárias e quebra de rótulos. Além disso, o festival parabeniza seus seguidores fiéis, companheiros de longa data, novos amigos e convidados por 15 anos de relatos cinematográficos e artísticos que, mais que registrar um importante período histórico, puderam ampliar nossas identidades, vontades e razões de ser pelo simples fato de existir.
Felizes 15 anos de Mix Brasil a todos!