A Mostra Audiovisual Israelense chega a sua quinta edição e se consolida como parte do calendário oficial de cinema da capital paulista. Amantes da sétima arte, cinéfilos e curiosos poderão assistir o melhor da produção cinematográfica contemporânea de Israel: serão 15 filmes inéditos, dos mais variados estilos, muitos deles consagrados em festivais internacionais. A Mostra acontece entre os dias 31 maio e 10 de junho, pelo Centro da Cultura Judaica. A mostra propõe também participar da formação do olhar com recortes históricos ou retrospectivos, graças a parcerias firmadas com universidades e escolas de cinema.
Nesta quinta edição, tendo como programadores Andréa Borrotchin e Hugo Casarini, a mostra concentra-se em duas temáticas distintas: um panorama da atual produção audiovisual israelense e uma seleção dos chamados “Bourekas Filmes”, aproximando-os da chanchada brasileira e do cinema caipira. A mostra também será palco da pré-estreia nacional do filme Footnote, que concorreu neste ano ao Oscar de melhor filme em língua estrangeira e ganhou prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes em 2011. Devido ao sucesso das edições anteriores, o programa e o número de salas de exibição foram
ampliados. Além do Centro da Cultura Judaica, outros três espaços participarão do circuito: o CINUSP
Paulo Emílio, clube A Hebraica e o Cinemark Higienópolis.

Panorama Contemporâneo

Com o objetivo de divulgar de descobrir Israel por meio de sua própria produção audiovisual, a 5ª Mostra Audiovisual Israelense inclui filmes inéditos, de vários gêneros e formatos, como ficção, comédia e drama. A Mostra do Audiovisual Israelense conta com doze filmes inéditos em sua programação. Além de Footnote que abre a 5a edição da Mostra, pode-se destacar:

Testemunho (Testimony), de Shlomi Elkabetz, integrante da seleção oficial do Festival de Berlim de
2012. O diretor também participará de encontros nos dias 4, 5 e 6/6, nos quais falará de sua produção. O
encontro no CINUSP será na segunda-feira 4 de Junho.

2Night, um "road movie" com comentários incisivos sobre cultura jovem e obsessões urbanas contemporâneas. O diretor do filme, Roi Werner, conversa com o público após as exibições nos dias 1 e 2/6 .
 

Chanchada israelense

Além do “Panorama Contemporâneo”, com filmes selecionados pelos programadores Andréa Borrotchin e Flugo Casarini, a Mostra apresenta, este ano, uma seleção que coloca em perspectiva duas tradições cinematográficas distintas.“Borekas Filmes” são comédias já clássicas do cinema israelense que abordam os diferentes desdobramentos do contato entre judeus europeus e judeus vindos dos países árabes, bem como o processo de urbanização de Israel. Tal característica aproxima essas produções a títulos do cinema caipira brasileiro, que trata de questões análogas, como os choques oriundos do processo de modernização e urbanização do Brasil, e da chanchada, que se tornou célebre pelas paródias do cinema
norte-americano. Dentro desse recorte, a Mostra apresenta a comédia Sallah Shabati (direção de Ephraim Kishon, 1964),
considerado o filme de maior sucesso da história do cinema israelense, que conta a história do imigrante Sallah e sua família, que chegam do lêmen para morar em Israel. Outros destaques são as comédias dirigidas por Boaz Davidson, Charlie e Meio (1974) e Festa na Sinuca (1975).