36ª MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA EM SÃO PAULO


Maior e mais importante festival de cinema do país, a MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE SÃO PAULO chega à sua trigésima-sexta edição e, mais uma vez, traz ao CINUSP Paulo Emílio uma parte significativa de sua programação. Fiel à sua vocação de contemplar a diversidade cinematográfica e revelar novos talentos, a programação de filmes da Mostra oferece ao público uma seleção do melhor da produção cinematográfica mundial recente e uma série de retrospectivas históricas. Durante a MOSTRA, o CINUSP realiza, excepcionalmente, três sessões diárias, a partir das 14 horas. Todas as sessões da MOSTRA no CINUSP têm entrada gratuita para o público em geral.

Este ano, o grande homenageado do evento é o mestre do cinema moderno russo, Andrei Tarkóvski, nascido há 80 anos, em abril de 1932, e falecido em 1986. Em homenagem ao cultuado cineasta, a MOSTRA realiza no MASP uma exposição com fotgrafias Polaroid tiradas por ele durante sua temporada na Itália, além de apresentar uma grande retrospectiva de seus filmes, incluindo todos os longa-metragens que dirigiu e diversos documentários produzidos sobre ele, alguns deles também dirigidos por grandes nomes do cinema mundial, como Chris Marker, Aleksander Sokurov e Tonino Guerra. Boa parte desta programação será exibida no CINUSP, que recebe sessões de obras-primas de Tarkóvski, como Solaris, Stalker, O Espelho e Nostalgia, além dos documentários Dirigido Por Andrei Tarkovski, do polonês radicado na Suécia Michal Leszczylowski, Um Dia na Vida de Andrei Arsenevitch, do recém-falecido artista multimídia francês Chris Marker, e Os Dias Brancos – Anotações Sobre a Filmagem de Nostalgia, de Andrei Tarkovski, do espanhol José Manuel Mouriño. Na terça-feira, dia 23/10, às 19 horas, após a exibição destes dois documentários, o CINUSP recebe os cineastas Mouriño e Igor Evlampiev (também autor de um documentário sobre Tarkóvski), além de Andrei A. Tarkóvski, filho do mestre russo, e o professor aposentado da ECA-USP Eduardo Peñuela Canizal, para um debate sobre a obra de Andrei Tarkóvski, mediado pela professora de literatura russa Neide Jallageas, da FFLCH-USP.

Outro cineasta que ganha retrospectiva na MOSTRA deste ano é o japonês Minoru Shibuya, nascido em 1907 e falecido em 1980, dono de uma obra coesa e ainda pouco conhecida no Brasil, centrada nas relações humanas do Japão pós-guerra. De Shibuya, serão exibidos no CINUSP alguns dos principais títulos do período mais fecundo e celebrado de sua carreira, realizados entre o início dos anos 1950 e meados dos anos 1960: Os Passarinhos, O Paraíso dos Bêbados, O Rabanete e a Cenoura, Retidão, O Dia de Folga do Médico e Um Bom Homem, Um Bom Dia.

Também merece destaque a exibição no CINUSP de dois filmes do maior nome do cinema israelense contemporâneo, Amos Gitai. Seu último trabalho, Canção Para o Meu Pai, finalizado este ano, está na programação da MOSTRA para o CINUSP, assim como Carmel, realizado em 2009, que apresenta “um caleidoscópio de imagens” sobre a história dos judeus e de Israel. Por fim, a programação da MOSTRA para o CINUSP se completa com algumas exibições de obras contemporâneas, como o documentário Ballet Aquatique, um dos últimos projetos concluídos do cineasta chileno Raúl Ruiz, falecido em agosto de 2011, a coprodução suíço-marroquina Os Descrentes, o drama alemão Brutal, a comédia dramática dinamarquesa Desculpe Incomodar e o filme de ação tailandês Tiro na Cabeça.

Confira a programação completa da Mostra e mais informações sobre os convidados no site www.mostra.org.