Com o objetivo de estimular o diálogo cultural entre o Brasil e os países vizinhos, o FESTIVAL DE CINEMA LATINO-AMERICANO DE SÃO PAULO chega à sua oitava edição e, mais uma vez, traz ao CINUSP Paulo Emílio uma parte importante de sua programação. Espalhada em cinco salas da cidade, a mostra reúne, mais uma vez, um panorama altamente diversificado da produção audiovisual nos países da região. Dos filmes comerciais às produções de cineclubes e estudantes; do documentário à ficção, sem deixar de fora a animação; dos filmes em película aos filmes pensados para a TV. Além das sessões, a mostra promove uma série de encontros e debates com realizadores brasileiros e estrangeiros.

Os filmes de curta, média e longa-metragem que compõem a programação são exibidos no Memorial da América Latina, no CineSESC, na Cinemateca Brasileira, no CINUSP Cidade Universitária e no CINUSP Maria Antonia, sempre com entrada gratuita para o público em geral. Neste ano, o evento presta homenagem a nomes de referência na difusão do cinema latino-americano: os brasileiros Guido Araújo e José Carlos Avellar e o uruguaio Manuel Martínez Carril.

Além disso, o Festival comemora duas efemérides: os 40 anos da ABD (Associação Brasileira de Documentaristas e Curtas-Metragistas) e os 100 anos do movimento cineclubista internacional. Para celebrá-las, a mostra realiza uma retrospectiva de curtas e longas brasileiros feitos a partir dos anos 1970 e uma projeção especial ao ar livre no Memorial da América Latina de A Comuna, acompanhada pelo som do Bloco Afro Ilú Oba De Min no domingo, dia 14, às 18h00. O filme francês é uma produção de 1914 da cooperativa anarquista Cinema do Povo, primeiro cineclube documentado da história.

Como já ocorreu em edições anteriores, a programação do Festival também conta com a Mostra de Escolas de Cinema Ciba-Cilect, reunindo 36 curtas e médias-metragens de graduação das mais importantes instituições do gênero vinculadas à Ciba, regional ibero-americana do Cilect (Centre International de Laison des Écoles de Cinéma et Télévision). Nas salas do CINUSP, serão exibidos cinco programas de curtas, com produções argentinas, cubanas, equatorianas, mexicanas e uruguaias, afora as brasileiras.

Além dos curtas, o CINUSP exibirá longas-metragens relevantes para a cinematografia latino-americana da última década. Entre eles, estão os inéditos Sem Outono, Sem Primavera (Equador/Colômbia/França, 2012) e o novo filme do guatemalteco Julio Hernández Cordón, diretor de Gasolina (2008) e As marimbas do inferno (2010), Até o sol tem manchas (México/Guatemala, 2012). Também são exibidas importantes produções mexicanas A Vida é Assim (Arturo Ripstein, 2000) e Do Esquecimento à Falta de Lembrança (Juan Carlos Rulfo, 1999), uma colombiana Um Tigre de Papel, de Luis Ospina  e as recentíssimas brasileiras A Balada do Provisório (2013, André David Rodrigues) e Éden (2012, Bruno Safadi).

Além dos filmes, contaremos com a presença de roteiristas, diretores, atores dos curtas e dos longas-metragens a serem exibidos. Após os filmes, os espectadores terão a oportunidade de debater com os diretores brasileiros Bruno Safadi (Éden) e Felipe David Rodrigues (A balada do provisório), o roteirista argentino Sebastian Romero (do curta Tinha tanto medo) e a atriz equatoriana Paulina Obrist (do longa Sem Outono, Sem Primavera - Iván Mora Manzano) . O CINUSP espera, dessa forma, poder contribuir para o debate entre realizadores latino-americanos e com o público, favorecendo a criação de uma rede que pensa em cinema como um meio além das fronteiras de seus próprios países.