BOWIE


 

Em homenagem ao ídolo David Bowie, falecido em janeiro, o CINUSP organizará um final de semana com seis filmes relacionados ao artista, entre 19 e 21 de fevereiro. As sessões acontecerão exclusivamente na sala do CINUSP Maria Antônia, de fácil acesso no centro de São Paulo.

Muito além de suas músicas, Bowie era um ícone – ou melhor, vários, visto que cada persona criada para interpretar suas músicas era original e mais encantadora que a anterior. Ziggy Stardust, The Thin White Duke, Alladin Sane, todas as versões dele próprio no palco são personagens complexas e cativantes.

O que nem todos sabem é que tal habilidade performática não era apenas talento – Bowie era um grande estudioso de artes plásticas e teatro. Sua figura e intensidade interessaram alguns diretores a trabalhar com ele, o que resultou em poucas, mas marcantes obras cinematográficas.

Começando sua carreira no psicodélico O Homem que Caiu na Terra, de Nicolas Roeg, Bowie interpreta um alienígena perdido em seu primeiro contato com a terra – assim como Ziggy, cuja aparência andrógina e comportamento libidinoso causava estranhamento à maioria.

Nos próximos anos, Bowie faria os papéis mais diversos: em Fome de Viver, ele seria um vampiro milenar; Furyo, Em Nome da Honra, do grande diretor nipônico Nagisa Oshima, traz Bowie no papel de um major prisioneiro de guerra no Japão. Em Labirinto, provavelmente seu filme mais famoso, Bowie se transforma no rei dos Goblins, que hipnotiza a audiência com sua poderosa voz.

Além destes filmes, a mostra tem mais duas sessões especiais: a exibição de Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, um documentário feito em cima de um show em 1973, ano em que sua carreira explodiu mundialmente; e A Vida Marinha de Steve Zissou, filme do Wes Anderson cuja trilha sonora original, composta por Seu Jorge em cima de músicas do próprio David Bowie, explicita sua influência latente em todos os aspectos da sétima arte.