25 ANOS DE CINUSP


No ano do seu 25º aniversário, o CINUSP apresenta de 3 a 21 de dezembro uma mostra comemorativa especial, reunindo filmes - um de cada ano - que marcaram o período, desde 1993 até hoje. São obras selecionadas entre clássicos, filmes premiados, diretores renomados, sucessos de público e tesouros escondidos, exibidos na ordem cronológica de seus lançamentos.

Criado em 1993, o CINUSP leva o nome do professor, crítico e escritor Paulo Emílio Salles Gomes, um dos principais pensadores do cinema brasileiro e um dos responsáveis pela criação da Cinemateca Brasileira e do curso de cinema da própria USP. A sala, cujas exibições são gratuitas, tem desde então se empenhado em estimular e disseminar a cultura cinematográfica, por meio de mostras temáticas organizadas por professores e alunos, e também seminários, debates, cursos, pré-estreias e parcerias com festivais de cinema. Abriremos essa mostra com o primeiro filme exibido na história do CINUSP: Bob Roberts (1992), de Tim Robbins.

A mostra relembra filmes de destaque de realizadores cujas carreiras eclodiram no período, como Paul Thomas Anderson (Sangue negro, 2007), Paolo Sorrentino (A grande beleza, 2013), Todd Haynes (Carol, 2015), Michel Gondry (Brilho eterno de uma mente sem lembranças, 2004), Jane Campion (O piano, 1993), Wes Anderson (O fantástico Sr. Raposo, 2009), Sofia Coppola (Encontros e desencontros, 2003) e Alfonso Cuarón (E sua mãe também, 2001).

Diretores como Joel e Ethan Coen (Fargo - uma comédia de erros, 1996), assim como os europeus Michael Haneke (Caché, 2005), Paul Verhoeven (Elle, 2016) e Pedro Almodóvar (A pele que habito, 2011) e o mestre japonês da animação Hayao Miyazaki (Princesa Mononoke, 1997) iniciaram suas carreiras anteriormente, mas atingiram seus maiores sucessos de crítica e público no período - situação oposta, por exemplo, à de Nagisa Oshima, célebre diretor do Novo Cinema Japonês que encerrou sua carreira em 1999 com o provocativo Tabu (1999). Outro exemplo peculiar é Nostalgia da luz (2010), obra-prima do chileno Patricio Guzmán, que consolida sua carreira como um ferrenho (e poético) documentarista político.

Dentro de uma cultura de “Novos Cinemas” que adquiriu um caráter transnacional e globalizado nas últimas décadas, movimentos cinematográficos regionais redefiniram diversos tipos de audiências nacionais e internacionais, com base em novas redes estéticas e econômicas globais. Incluídos na mostra estão filmes emblemáticos dos cinemas contemporâneos sul-coreano (O hospedeiro, 2006), iraniano (Através das oliveiras, 1994) e de Hong Kong (Amor à flor da pele, 2000).

Também estão incluídos títulos de destaque individual no período, como o premiado O ódio (1995), cujo teor político o levou a ser exibido pelo primeiro ministro francês para todo o seu gabinete; o provocante Corra! (2017), um estrondoso sucesso de crítica e bilheteria do ano passado; e Han Solo: uma história Star Wars (2018), filme mais recente da nova fase que tem renovado a popular saga de ficção científica, ampliando os moldes estabelecidos por George Lucas.

O cinema brasileiro, que após a Retomada teve alguns de seus melhores momentos na história, também está representado. O período viu surgirem clássicos como Central do Brasil (1998) e Cidade de Deus (2002), grandes obras de diretores consagrados, como A erva do rato (2008), de Júlio Bressane, e sucessos de diretores em ascensão, como Kleber Mendonça Filho (O som ao redor, 2012) e Affonso Uchoa (A vizinhança do tigre, 2014), que apontam novos caminhos para a produção nacional.

E encerrando a mostra, re-exibiremos três filmes da escolha do público! Até o dia 14 de dezembro será realizada uma votação aberta para decidir os favoritos a serem reprisados nos dias 20 e 21 de dezembro. VOTE AQUI

Saiba mais sobre os filmes acessando a programação completa no nosso site, ou nos livretos e cartazes.

Venha celebrar conosco o aniversário do CINUSP, cinema universitário que explora cinematografias, redescobre clássicos e apresenta vanguardas desde 1993, com uma seleção de grandes filmes dos últimos vinte e cinco anos.

 

Boas sessões!