Entre os dias 29 de outubro e 03 de novembro, o CINUSP recebe a mostra Ecofalante e a Agenda 2030, dedicando a sua programação a 8 filmes e 3 debates de temática socioambiental. A curadoria conta com parte da programação da 8ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental e promove reflexões sobre temas da realidade brasileira e mundial ligados à Agenda 2030, um plano que indica 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para os Estados Membros da ONU (Organização das Nações Unidas). 

Resultado da recente produção nacional de documentários, Empate acompanha os companheiros de luta do líder seringueiro Chico Mendes enquanto defendem suas terras do interesse do agronegócio. Já em O fio da meada, do diretor Sílvio Tendler, são os caiçaras, indígenas e quilombolas que lutam pela preservação de suas reservas naturais. 

Os impactos do agronegócio também são abordados em Superalimentos, filme canadense que discute os problemas gerados pela globalização dos chamados “superalimentos” ― alimentos com propriedades nutricionais extraordinárias ― a partir da vida de agricultores em países como a Bolívia. 

Abrangendo representações distintas da América Latina, a mostra inclui ainda o documentário venezuelano Está tudo bem, sobre a falta de medicamentos causada pela crise do sistema de saúde do país, e o argentino O quadrado perfeito, que analisa o mundo elitizado de criação dos cães de raça pura, em uma sessão seguida de debate com as professoras Luanda Francine e Vânia Rall, do Núcleo de Estudos das Diversidades, das Intolerâncias e dos Conflitos da USP (DIVERSITAS), no dia 30/10. 

Além do recorte ambiental, a curadoria explora os avanços da tecnologia sob uma ótica social, como é o caso do maior depósito de lixo eletrônico do mundo apresentado em Bem-vindo a Sodoma, filme premiado no Festival de Zurique e cuja exibição será acompanhada de um debate com membros do programa POLI RECICLA; a ameaça da automação industrial vista em A verdade sobre robôs assassinos, do diretor Maxim Pozdorovkin; e do documentário nacional GIG - A uberização do trabalho, que aborda a precarização do trabalho mediado por aplicativos e plataformas digitais (a chamada gig economy) e que contará com um debate com os diretores após sua sessão no dia 31/10.

Dessa forma, o CINUSP convida todo o público a conhecer as obras selecionadas, cujos cenários diversos e abordagens distintas revelam um tema complexo e cada vez mais global.

Boas sessões!