Dias 26 e 27 de setembro
Sessões especiais de cinema: produções do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP

O CINUSP Paulo Emílio recebe as contribuições do CTR para a 27ª Semana de Arte e Cultura da USP. O evento é uma oportunidade de mostrar à sociedade as iniciativas do corpo discente, consagrando a relação entre ensino, pesquisa e extensão. Enriquecida por momentos de discussão com os responsáveis pela realização das obras, a pequena mostra de alguns dos mais recentes exemplos da produção audiovisual no âmbito universitário reúne em três sessões apresentadas às 14h, curtas-metragens realizados por estudantes do curso de Cinema da Escola de Comunicação e Artes da USP.
O primeiro dia contará com a presença de obras recentes como Lua, Mar, um curta que explora a relação de duas pessoas em meio ao caos, às controvérsias e ao aquecimento global; e dos curtas-metragens Terra Farta e Como Respirar Fora D’água, responsáveis por indagar tensões sociais e particulares da sociedade brasileira, levantando problemas importantes para pensar a arte e a cultura aqui produzidas.
Já no segundo dia, serão exibidas importantes obras produzidas em anos anteriores: Lé com Cré, Ronda e Perdeu. Os três curtas oferecem ao público um diálogo com a infância, o desemprego e o inescapável.

Dias 28, 29 e 30 de setembro
Cine etnográfico em foco: as produções recentes do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da USP - Uma parceria do LISA-USP com o CINUSP Paulo Emílio

No ano em que completa 21 anos, o Laboratório de Imagem e Som em Antropologia, em parceria com o CINUSP Paulo Emílio, oferece uma mostra de cinema etnográfico composta por suas produções mais recentes, realizadas nos últimos seis anos. Vinculado ao Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, o LISA atua como um centro de pesquisas e treinamento para estudantes das áreas de Antropologia Visual e Etnomusicologia, possibilitando que professores, alunos e pesquisadores realizem produções, análises e usos variados de imagens e sons.
Com quase uma centena de produções fílmicas realizadas nas últimas duas décadas, o LISA apresenta ao público da Universidade de São Paulo uma seleção de onze de seus documentários finalizados depois de 2016. Pela grande diversidade de produções, os curtas serão reunidos por possíveis interseções- temáticas, poéticas e de montagem. O primeiro dia (28/09) contará com o tema “Poéticas terapêuticas e estéticas autorais” e exibirá desde o foto-filme “Habitar os olhos” sobre o processo da Arte-terapia Örg, até a sensível produção Ewelter Rocha: “Era o corpo de uma mulher” que se versa sobre as esculturas de madeira e as peças de barro que retratam as beatas de Juazeiro do Norte.
O segundo (29/09) dia abordará as “Multiplicidades colaborativas entre povos indígenas” exibindo títulos como “Tecendo nossos caminhos” de Cledson Kanunxi, Jackson Xinuxi e Marta Tipuic em colaboração com o povo Manoki,  e  “Ãjãi: o jogo de cabeça dos Myky e Manoki sob a direção de Typju Myky e André Lopes em colaboração com o povo Miky.  Por fim, no terceiro e último dia (30/09) “Antropologias e caminhos reversos: confrontando olhares” serão exibidas as produções “New York, just another city”, “Woya Hayi Mawe” e “Tabulujá – Acordem!”.
Apesar de todos os curtas exibidos serem trabalhos muito diversos entre si, refletem uma preocupação etnográfica em comum: o engajamento na compreensão e na expressão das múltiplas alteridades que coexistem e resistem em um país que, neste mesmo período, tem apresentado de forma mais explícita tendências autoritárias que ameaçam a sua democracia e diversidade.