Sinopse

O carro de bois ainda faz parte das paisagens brasileiras, indo aonde os veículos modernos não vão, numa mistura de poesia e trabalho, transportando variados tipos de carga. O filme mostra como ele é feito, e o artesão que o fabrica.

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Glauber dizia que Mauro, o qual nomeou “pai do cinema brasileiro”, atingia a realidade brasileira, não escondendo a miséria. Este aspecto foi o motor do cinema de Glauber, que, segundo o próprio, termina um ciclo em “A Idade da Terra”, lançando em fragmentos a relação entre palavra, encenação e mundo, num momentum que traduz a revolução na forma. O quadro real do Brasil expresso por Mauro, no entanto, focou o romantismo que o mistifica. Preocupado com o tempo invisível e o esquecimento dos velhos costumes, ele trata a morte direta e materialmente em “Carros de Bois”. A elegia final do cineasta da nostalgia e o transe final do cineasta da agonia.

Ficha técnica

Brasil, 1974, 10'
Direção: Humberto Mauro