MOMENTOS DO CINEMA AFRO-BRASILEIRO

17/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
A Idade da Terra
8/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
6/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
9/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
9/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
10/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
16/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
14/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
13/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
16/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
7/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
7/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio
15/novembro 00h - Cinusp Paulo Emílio

Texto extra sobre Glauber Rocha: "A atualidade dos filmes de Glauber Rocha cineasta Tricontinental" Grande mobilizador cultural, assumindo dedde o Cinema Novo (década de 60) uma posição política Terceiro-Mundista que* se transformou mais tarde em TRICONTINENTAL. “Me libero do nacionalismo e me transformo em habitante deste planeta pequeno e pobre que é a Terra (década de 70). Declara então sobre seus filmes: “o núcleo de BARRAVENTO filmado na Bahia é aberto dentro do espaço africano com DER LEON HAS SEPT CABEZAS e intermundizado. O que em BARRAVENTO é protesto moral, é protesto cultural, no DER LEON HAS SEPT CABEZAS é discurso político”. DER LEON se reclama como uma espécie de tese sobre o cinema político, baseado nas teorias de Godard, Brecht e Eisenstein. Com este filme Glauber ultrapassa as fronteiras geopolíticas do seu discurso brasileiro, convertendo-se definitivamente a uma moral de cineasta “tricontinental” caminho que já afirmará em 1967 em entrevista aos “Cahiers du Cinéma”: “A escolha de um cineasta tricontinental tem lugar no momento em que a luz assenta, quero dizer, quando a câmera se abre sobre o Terceiro Mundo, terra ocupada. Na rua, no deserto, nas florestas, nas cidades, a escolha impõe-se, e mesmo nos casos em que a matéria é neutra a montagem torna-se discurso. Um discurso que poderá ser impreciso, difuso, bárbaro, irracional, mas cujas recusas são significativas. Esses filmes vindos da Ásia, da África e da América Latina, são filmes de desconforto. A começar pelo próprio material: câmeras e laboratórios de segunda qualidade, por consequência uma fotografia suja, um diálogo arrastado, ruídos, acidentes na montagem, as partes gráficas (genérico e legendas) sem clarezas. Sobre o écran um corpo desesperado que se debate, que avança aos solavancos para se dobrar aos membros, mergulhar a cabeça sob a chuva e o sangue confundidos. Os instrumentos estão em Hollywood, como os outros estão no Pentágono. Nenhum cineasta é suficientemente livre. Não porque esteja embaraçado pela censura ou por compromissos financeiros: é prisioneiro até que descobre em si próprio o homem de três continentes. Apenas esta ideia liberta, pois que nela se dilui a perspectiva de um malogro individual.”