DITADURA E CINEMA
31/10, após a sessão das 19h, a partir das 20h45: Hércules 56. O debate girará em torno do filme Hércules 56 além de levantar questões correlatas como: a relação entre História e Cinema, o documentário como fonte da história, o uso da memória para falar do passado e a veracidade no documentário. Debatedores: - Sílvio Da-Rin é diretor do documentário Hércules 56. É autor do livro "Espelho Partido - Tradição e Renovação do Documentário Cinematográfico" (Azougue Editorial, Rio de Janeiro, 2004), resultado de sua dissertação de mestrado defendida na Escola de Comunicação da UFRJ. Integra a equipe docente da Pós-Graduação (nível de especialização) em Documentário da Fundação Getúlio Vargas. Em 1980 dirigiu o curta Fênix, e em 1984, Príncipe do Fogo, premiado em Gramado e no RioCine. Com o documentário Igreja da libertação (1985) foi premiado no Festival de Leipzig. - Eduardo Victorio Morettin é professor doutor do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da ECA-USP responsável pelas disciplinas de História do Cinema. É um dos organizadores do livro "História e Cinema: Dimensões Históricas do Audiovisual" (São Paulo, Alameda, 2007). É também membro da diretoria da Associação Nacional de História. É um dos líderes do Grupo de Pesquisa CNPq História e Audiovisual: circularidades e formas de comunicação. 5/10, após a sessão das 19h, a partir das 20h30: Caparaó. O ponto de partida do debate será o próprio documentário, discutindo seu tema central, ou seja, a história da Guerrilha do Caparaó: o primeiro movimento de luta armada organizada contra a ditadura militar brasileira. Além disso, o debate também tratará de possíveis questões concernentes ao gênero documentário e sua relação com a historiografia. Debatedores: - Flávio Frederico é diretor do documentário Caparaó. Estudou Arquitetura e Cinema na Universidade de São Paulo e trabalha desde 1988 com vídeo, fotografia, cinema e TV. Entre seus trabalhos estão os curta-metragens Vencido (1996), Todo Dia Todo (1998), Copacabana (1999) e Pormenores (2000). Em 2001 estreou na direção de longa-metragem com Urbania, um street-movie que une ficção e documentário numa viagem sentimental por uma São Paulo do passado e do presente. - Marcelo Ridenti é professor doutor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp e pesquisador do CNPq. É autor de "Em Busca do Povo Brasileiro: Artistas da Revolução", do CPC à era da TV (Rio de Janeiro: Record, 2000) e organizador, com o professor Daniel Aarão Reis Filho, de "História do Marxismo no Brasil, vol. 5, Partidos e Organizações Até os Anos 60", e autor do capítulo "Ação Popular: Cristianismo e Marxismo" (Editora da UNICAMP: Campinas, 2002). 6/11, após a sessão das 19h, a partir das 20h50: Pra Frente, Brasil. O debate pretende discutir o próprio filme considerado emblemático por ser o primeiro a tratar do período da ditadura como tema central, explorando o clima de perseguição política da época. Além disso, pretende-se analisaras relações entre a obra de ficção e o seu período histórico, suas implicações e seu papel político atual. Debatedores: - Roberto Faria, é diretor do filme Pra Frente Brasil. Dirigiu os inovadores Cidade Ameaçada (1960) e Assalto ao Trem Pagador (1962) além do vigoroso Selva Trágica (1963). Dirigiu, também, três filmes em que Roberto Carlos participou realizados entre o final da década de 60 e o início de 70, conseguindo algumas das maiores bilheterias da história do nosso cinema. Também se destaca como um dirigente da área cinematográfica tendo sido diretor da Embrafilme em meados dos anos 70, período que coincidiu com o auge da empresa estatal. Ainda hoje milita na política cultural. A partir dos anos 80 trabalha para a televisão, dirigindo minisséries como, entre outras, A Máfia no Brasil (1984), As Noivas de Copacabana (1992) e Memorial de Maria Moura (1994). - Marcos Napolitano, é professor doutor do Departamento de História da FFLCH-USP. É especialista no período do Brasil Republicano, com ênfase no Regime Militar e na área de história da cultura e nas relações entre música popular e política. Também possui experiência na área de história e cinema e no uso do audiovisual no ensino. É um dos organizadores do livro "História e Cinema: Dimensões Históricas do Audiovisual" (São Paulo, Alameda, 2007), além de ter publicado, entre outros, "O Regime Militar Brasileiro" (1964-1985), (São Paulo, Editora Atual, 1998) e organizado "Cultura e Poder no Brasil Contemporâneo" (Curitiba, Editora Juruá, 2002). 12/11, após a sessão das 19h, a partir das 20h50: A Atualidade da Ditadura. Em ocasião do recente lançamento do livro-relatório sobre mortos e desaparecidos políticos, é pertinente uma mesa que aborde temas atuais nos quais a ditadura ainda ocupa um papel central. Questões como a impunidade e a abertura dos arquivos da ditadura fazem reverberar, ainda hoje, os ecos desse período. Debatedores: - Paulo Vannuchi, Ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos. É cientista político, jornalista e diretor do Instituto Cidadania. - Marcos Antonio da Silva, é professor associado do Departamento de História da FFCLH-USP. Fez Pós-Doutorado na Université Paris III, França. Organizou os livros "Brasil, 1964/1968 - A Ditadura já Era Ditadura" (São Paulo: Ed. LCTE, 2006) e "Clarões da Tela - O Cinema Dentro de Nós" (1a. ed. Natal: EDUFRN, 2006). Publicou, entre outros, "Ensinar História no século XXI - Em busca do Tempo Entendido" (Campinas: Papirus, 2007).